R. D. Dinis nº 27 » 2400-129 Leiria » Portugal

2009/11/30

Antilhas: Pequenos tesouros caribenhos


A Pequenas Antilhas foram as primeiras ilhas das Caraíbas a serem descobertas pelos espanhóis. Menos exploradas pelo turismo de massas, ainda hoje conservam paisagens em estado puro e natureza por desbravar. Aruba, Curaçao, Ilha Margarita, São Vicente e Granadinas, são os paraísos que lhe propomos para umas férias inesquecíveis.

Arquipélago situado no Mar das Caraíbas, entre o sudeste da Florida e a Costa da Venezuela, as Antilhas, ou Índias Ocidentais, são compostas pelas Bahamas, pelas grandes e pelas Pequenas Antilhas. Terras descobertas por Cristóvão Colombo, receberam este nome porque os cartógrafos da época acreditavam existir na região ocidental do atlântico uma ilha com o nome de Antilia, tradução que veio do termo português anti-ilha, ou seja, território que se situava nos antípodas da Lusitânia. No entanto, esta região é mais conhecida como Caraíbas, uma vez que se encontra situada no mar do Caribe, onde outrora viveu também a tribo dos Caribales.Apesar das ilhas mais conhecidas e visitadas do arquipélago serem as Grandes Antilhas –Cuba, Jamaica, Porto Rico e República Dominicana – nesta região há muitos outros territórios, repletos de paisagens paradisíacas e tesouros que se escondem por entre uma natureza exuberante.

Aruba
Pequena antilha holandesa, Aruba é hoje um território ocupado por cerca de cem mil habitantes de quarenta nacionalidades distintas. Uma ilha multi-cultural e uma verdadeira babel de idiomas, onde se inter-cruzam o dialecto “papiamento”, o holandês e o espanhol, entre várias outras línguas. De praias serpenteantes, que se rendem perante o sedutor mar turquesa, a ilha vive na mais invejável harmonia, apresentando-se ao turismo sob o lema “onde mora a felicidade”.Reconhecida internacionalmente pela sua hospitalidade, Aruba desfrutou sempre de um elevado nível de vida. No século XIX graças ao desenvolvimento das minas de ouro, nos inícios do século XX porque serviu de base para refinarias de petróleo norte-americanas e, nos dias de hoje, por apresentar um turismo de qualidade, que beneficia da beleza natural do território, mas também da boa gestão dos seus habitantes.Em Aruba é impossível perder-se. A ilha não é muito grande e o pico mais alto permite vê-la em quase toda a sua totalidade. Além disso, para orientar-se, basta olhar para os divi-divi, a árvore autóctone, que se inclina sempre para sul, para onde sopram os ventos alísios.

Curaçao
Américo Vespucio chamou-a a “Terra dos Gigantes” pelo grande tamanho dos seus aborígenes. Hoje esta classificação seria merecida tanto pela estatura dos seus habitantes, como pela sua beleza, fruto da mistura entre africanos e holandeses. Actualmente com uma população de cerca de 173 mil habitantes, Curaçao é a maior ilha das Antilhas Holandesas, estando dotada de uma grande riqueza musical, cultural e folclórica. Curiosamente, há na ilha uma importante colónia de judeus sefarditas, sendo a sua sinagoga a mais antiga da América ainda em funcionamento. Mas a influência holandesa é a que mais se sente presente na ilha, tanto no sistema legal e educativo, como nos velhos edifícios coloniais. Na verdade, vários milhares de makambas (é assim que chamam aos holandeses) fizeram de Curaçao a sua casa permanente, sendo que quase 4 por cento da população que habita a ilha nasceu naquele país.A música, essencial neste território, é uma combinação de influências europeias e africanas, mas especialmente destas últimas, ao ponto de ter estilos próprios como o Tambú, também chamado de blues de Curaçao. Durante séculos, os escravos serviam-se destes ritmos para expressar a sua dor e frustração. Hoje, no entanto, o extraordinário sentimento que transmite, serve para amenizar as noites da capital, Willemstad, onde também se pode desfrutar de outro dos produtos mais típicos da ilha: o licor arco-íris.

Ilha Margarita
Para aqueles que gostam de caminhar junto ao mar, a ilha Margarita é o lugar ideal. Com 168 quilómetros de praias, dispõe de areais extensos, onde é possível aliar a prática do exercício a um revigorante banho refrescante. Playa El Agua é a favorita dos seus habitantes, aquela que serve de lugar de encontro com os vizinhos, e que demora tão somente uma hora a percorrer.Mas para além das belas e inúmeras praias, este estado insular da Venezuela conta ainda com maciços montanhosos, unidos entre si por um istmo de relevo muito baixo. O maciço ocidental é conhecido como Península de Macanao e o oriental como Paraguachoa. Nesta ilha pode-se praticar todo o tipo de desportos náuticos, ainda que se destaquem, pela sua originalidade, os aéreos: pára-quedas, parapente, ultra-leves e Ícaro, uma estrutura rígida, que permite voar sentado e na horizontal. Um dado para os amantes das compras: Margarita é um ‘porto livre’, o que a converte num paraíso comercial ao estar isenta do pagamento de impostos.

São Vicente e Granadinas
São 32 ilhas de domínio britânico, com capital em Kingstown. Os vulcões fizeram-nas brotar do mar e encheram-nas de uma exuberante vegetação tropical. Actualmente, contudo, já não se regista actividade vulcânica, tendo a última erupção ocorrido há mais de 30 anos. Próximo da capital existem fantásticos jardins botânicos e, a dominar a ilha, eleva-se o Fort Charlotte, de onde se podem apreciar esplêndidas paisagens. Nas rochas de Layou conservam-se vestígios dos primeiros habitantes deste território e, em Vale Buccament, pode-se apreciar a natureza no seu estado mais selvagem. A agricultura é a principal actividade económica destas pequenas ilhas, sendo os seus produtos dominantes a banana, a cana-de-açúcar e a noz-moscada. Apesar de se encontrar ainda pouco massificado, o turismo é também responsável pela entrada de algumas receitas no território. As belíssimas paisagens, quase em estado virginal, as praias de areia fina e as localidades pitorescas, asseguram a afluência de alguns visitantes a esta zona.Tanto em São Vicente como nas Granadinas é possível desfrutar-se de óptimas condições para a prática de desportos de vela. Com ventos de 10-15 nós, pode-se passar de uma ilha para outra em cerca de uma hora, beneficiando da companhia de convidados muito especiais: as tartarugas marinhas gigantes.

In Bons Vicius, Escrito por Ana Luísa Dias

No comments:

Post a Comment