R. D. Dinis nº 27 » 2400-129 Leiria » Portugal

2010/04/20

Un cuba libre ou una mentirita?


Como ir

Cuba ainda é o tipo de destino em que compensa optar por um pacote de agência (até porque as agências beneficiam de carreiras de charters directos que, caso contrário, não estarão disponíveis para quem desejar apenas os voos), pois não sendo assim os custos de viagem aumentam consideravelmente. Por ser um destino muito popular entre nós, a oferta é grande, mas, a título de exemplo, saiba que um pacote combinado de nove dias em Havana e Varadero custa desde cerca de €1412 por pessoa na TAP Air Portugal Tours.

Informações úteis

Documentos necessários: Passaporte válido, com o respectivo visto ou cartão de turista, que se adquire nos consulados cubanos (trate do assunto com a devida antecedência, pois pode demorar mais de uma semana a conseguir o visto) ou, no caso do cartão de turista, emitido pela agência de viagens através da qual o visitante chegou ao país.

Idioma: Castelhano, mas prepare-se para ser confrontado, um pouco à semelhança do que acontece com o Português do Brasil, com expressões que entretanto caíram em desuso em Espanha ou que ganharam significados diferentes.

Diferença horária: Menos cinco horas do que Portugal continental. No Verão,

adiantam-se os relógios uma hora para aproveitar mais a hora solar, mas esse

facto também varia de ano para ano.

Moeda: A unidade monetária é o peso cubano, que se divide em 100 centavos.

Existem notas de 1, 3, 5, 10, 20 e 50 pesos e moedas de 1, 2, 5, 20, 40 centavos e de 1 e 3 pesos. O euro passou a ser aceite nos principais centros turísticos do país, mas não se admire se muitas vezes receber o troco em moedas de centavos ou pesos. Estes últimos podem servir para os autocarros ou para a compra de alguns alimentos em mercados e pouco mais. O país tem falta de divisas e inventou, em 1995, uma unidade monetária paralela: o peso convertido só para turistas, que equivale ao dólar. Convém trocá-los antes de sair do país, pois não são aceites no exterior. Os cartões de crédito Visa e Mastercard podem ser utilizados nos principais estabelecimentos turísticos e servem para levantar pesos convertibles nas caixas automáticas. Só não são válidos os cartões emitidos por bancos americanos.

Preços: Por ter de efectuar todos os pagamentos em divisas, Cuba não se pode considerar um país barato na hora de pagar a conta. Sente-se na população um apetite voraz pelo dólar, que lhe permite o acesso a lojas com outros produtos. O turismo é o único meio de que o Estado dispõe, aproveitado ao máximo para captar dólares. Muitos preços (táxis, espectáculos) são idênticos aos de Portugal e alguns hotéis e restaurantes podem ser claramente mais caros, dada a categoria ou a qualidade do serviço prestado.

Segurança: Com uma taxa baixíssima de criminalidade, é seguro andar na rua a qualquer hora do dia. Mesmo nos hotéis, é seguro deixar toda a bagagem. Por mera precaução, no entanto, deixe dinheiro, passaporte e cartões de crédito no cofre do quarto. Na praia e nos transportes públicos, deve tomar atenção aos “amigos do alheio”.

Saúde: Cuba é um dos países tropicais com um nível sanitário mais elevado e onde as epidemias estão mais controladas. Não há que considerar, em princípio, qualquer risco evidente para a saúde. Não é obrigatório nem necessário vacinar-se, bastando tomar algumas precauções mínimas que podem ajudar a evitar surpresas no que diz respeito a insolações, intoxicações alimentares, mosquitos e à água potável em alguns locais da ilha.

O que levar: Não se preocupe muito com a roupa formal, mas inclua sempre algo para ocasiões mais solenes, pois podem exigi-lo à entrada de algumas salas de espectáculo. E atenção, apesar de existirem lojas para turistas, onde praticamente nada falta, o melhor é levar tudo o que pensa utilizar como remédios, rolos fotográficos ou produtos de determinadas marcas. Não se esqueça ainda de levar sempre consigo sabonetes, canetas e isqueiros, itens que os cubanos costumam pedir insistentemente.

Avisos e proibições: É expressamente proibido fotografar instalações militares ou policiais. Funcionários, aeroportos, estações de caminho-de-ferro, portos e interiores de museus também podem levantar problemas e obrigar ao pagamento de uma quantia extra.

Taxas: Não se esqueça de se informar sobre o montante das taxas de aeroporto (cujo valor tem de ser pago em dinheiro) para ir prevenido na hora de regressar a Portugal, pois caso contrário não poderá sair do país. Não esquecer também a confirmação do voo de regresso.

Feriados: Os dias feriados em Cuba são 1 de Janeiro, 1 de Maio, 26 de Julho e 10 de Outubro, todos relacionados com a Revolução.



Compras

Se pensa comprar rum e puros com fartura, saiba que o máximo permitido por lei são duas garrafas e duas caixas de 25 charutos por passageiro. As obras de arte também necessitam de um selo especial do Registro de Bienes Culturales Cubanos para saírem do país. Metais preciosos, fósseis, alguns animais e plantas não podem ser exportados, pelo que não caia em tentação.



Clima

Subtropical, quente e húmido durante todo o ano (26ºC a 30ºC como temperatura média). As variações de temperatura devem-se, sobretudo, às mudanças de altitude. Em geral, as províncias orientais são um pouco mais quentes do que as ocidentais. A estação das chuvas tem início em Maio e prolonga-se até Outubro. As precipitações mais abundantes concentram-se em Setembro e Outubro, mas, em qualquer altura do ano, pode ser apanhado desprevenido por uma tempestade tropical. Durante os meses de Verão aumentam a temperatura e a humidade, pelo que é aconselhável uma pausa nas horas em que o calor se torna mais insuportável (das 12 às 14h). A temperatura da água do mar é convidativa todo o ano (quase nunca abaixo dos 24ºC).



Festas

As três festas populares nacionais são o Carnaval de Santiago de Cuba (Julho), Las Parrandas de Remedios (que começam no sábado anterior a 26 de Dezembro) e a Charanga de Bejucal (na província de Havana e também no mês de Dezembro). Outro festejo tradicional é o Carnaval de Varadero, mais virado para o turismo. Já que estas datas variam de um ano para o outro, convém confirmar antes de partir. Devido à aguda crise económica que se faz sentir nos últimos anos, muitos destes festejos foram suspensos temporariamente (o Carnaval de Havana, por exemplo, já foi em Fevereiro, mas em 1998 voltou a ser em Julho).

Eventos: Festival del Son (Março); Festa dela Cultura Caribeña (Santiago de Cuba, Junho); Festival Internacional de Ballet de La Habana (Outubro); Bienal de Artes Plásticas de La Habana (Novembro); Festival del Nuevo Cine Latinoamericano (Havana, Dezembro).

Gorjetas: Mais do que aconselhável, é algo que espera quem o serve em Cuba.

Horários: Embora se possam encontrar numerosas excepções, o horário habitual dos escritórios é das 8h às 17h30, dos bancos das 9h às 15h, e as lojas estão abertas até às 18h. O almoço é servido entre as 12h e as 15h e o jantar entre as 20h e as 23h.

Electricidade: Normalmente, a corrente eléctrica é de 110 volts e 60 ciclos (o que implica um adaptador), mas, na maior parte dos hotéis de padrão internacional, as tomadas já são de 220 volts.

Telefones: Fazer um telefonema a partir de Cuba pode ser um problema e, regra geral, não sai barato se o fizer do hotel. O melhor é comprar cartões telefónicos nos correios para os usar em cabinas públicas (uma chamada de aproximadamente quatro minutos para Portugal custa cerca de 10 euros). Deve marcar 119 e em seguida o código do nosso país (351).

Prefixos telefónicos: O código internacional de Cuba é o 53, e o indicativo de Havana o 7.



Deslocações em Cuba

De avião – Nos voos internos a procura é, regra geral, superior à oferta. Resultado: os aviões estão sempre cheios e é necessário reservar com a maior antecedência possível. Os estrangeiros pagam os seus

bilhetes em dólares ou euros mas ainda assim os preços não são baratos (cerca de 180 euros para um voo entre Havana e Santiago de Cuba, por exemplo). O serviço a bordo e nos aeroportos deixa um pouco a desejar e os aparelhos, propriamente ditos, já conheceram melhores dias, mas uma nova geração de ATR 42-500 já está a começar a ser utilizada por algumas empresas locais.

De comboio – Os comboios são muito lentos e existem poucas linhas. É uma boa opção para quem não quiser arriscar a vida nos precários aviões, mas a sua frequência diminuiu bastante e o movimento também. No entanto, são guardados alguns bilhetes para os turistas estrangeiros até uma hora antes da partida, o que permite encontrar sempre lugares livres.

De táxi – Existem dois tipos de táxis: os normais, em que se paga em pesos, e os táxis de turismo, cujo pagamento se faz em dólares ou euros. Devido à escassez de combustível, os primeiros já quase não circulam, mas os outros existem em grande quantidade e dispõem de taxímetro. Existe ainda a alternativa dos táxis particulares, na sua maioria grandes e velhos carros americanos. É uma incógnita que tanto pode dar certo (há quem consiga negociar um dia inteiro de serviço por cerca de 20 euros) como revelar-se uma cilada, pois muito deles sofrem avarias constantes. Em teoria, estes “táxis” não podem parar à porta dos hotéis e do aeroporto, mas os seus condutores são peritos a abordarem os potenciais clientes quando estes passeiam em zonas turísticas. Por último, os cocotaxi são motorizadas com dois lugares traseiros e preço a combinar consoante a distância. Existem ainda as modalidades da motorizada, que leva o cliente à pendura, e da bicicleta com dois lugares traseiros. São alternativas mais em conta e experiências com sabor local.

De autocarro – Os mais populares são os Guaguas, cujos bilhetes custam entre 20 e 40 centavos nos trajectos urbanos. Só que, uma vez mais, a escassez de combustível fez diminuir a sua frequência, pelo que os poucos que ainda subsistem andam sempre lotados e não cumprem um horário certo. Os ruteros são outro tipo de autocarros, cujos bilhetes custam entre 40 centavos e 1 peso, com a vantagem de serem um pouco mais modernos e confortáveis do que os anteriores.

De camioneta – Uma boa alternativa para os turistas mais precavidos é a empresa Viazul (esquina da Calle 26 e Zoológico, tel.: 811108), que efectua viagens para Varadero, Viñales, Trinidad e Santiago de Cuba.

Em excursões – Uma vez em Cuba, a melhor maneira de se informar sobre qualquer actividade ou passeio é consultar a delegação turística, que encontrará representada em todos os hotéis (o governo tem um sistema descentralizado de recepção ao turista, pelo que existem várias agências estatais que cooperam entre si e complementam as informações prestadas nas várias unidades hoteleiras). Ali encontrará dados e folhetos sobre excursões organizadas, restaurantes, espectáculos ou horários de museus e poderá até realizar reservas.

De carro – O aluguer de carro e a gasolina têm aproximadamente o mesmo preço que na Europa, mas as empresas de aluguer não oferecem quilometragem ilimitada, o que faz disparar o preço final.



Para saber mais

Em Lisboa: Embaixada de Cuba, Rua Pêro da Covilhã, nº 14, Lisboa, tel. 213 015 318, fax: 213 011 895.

Em Cuba: Embaixada de Portugal, 7ª Avenida, nº 2207, esquina com a 24ª, Miramar, Playa, 11300 La Habana, tel. (00 53 7) 242871/240149.

Em Havana: Consulte a revista Cartelera, de distribuição gratuita e com edições

em Castelhano e Inglês, para saber qual a programação cultural da semana.

Em Madrid: Oficina de Turismo de Cuba (Portugal e Espanha), Paseo de la Habana, 54, 10ºIzqa., 28036 Madrid, España, Tel. (00.34.91) 4113097, Fax: 5645804

Na Internet: www.cubatravel.cu (Ministério do Turismo de Cuba).

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